Pular para o conteúdo principal

Contato

D
úvidas, sugestões, propostas? Entre em contato! 

E-mail: becodastraducoes@gmail.com 

Instagram: https://www.instagram.com/darkalleytrad/

Twitter: https://www.twitter.com/darkalleytrad

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Conde Magnus - M.R. James - Dark Alley Traduções

D e que forma chegaram às minhas mãos os materiais que condensei nesta história é a última coisa que o leitor descobrirá nestas páginas. Porém, é necessário esclarecer o formato em que esses materiais se encontram. Eles consistem principalmente em uma série de coleções de livros de viagens, produtos comuns nos anos quarenta e cinquenta. O Diário de Residência em Jutland e nas Ilhas Dinamarquesas de Horace Marryat é um bom exemplar deste tipo de material. Com ilustrações criadas em xilogravura e calcogravura, esses livros geralmente abordavam partes desconhecidas do continente, detalhavam acomodações de hotéis e formas de comunicação, como vemos em muitos guias de viagens atualmente, e consistiam principalmente de transcrições de diálogos com estrangeiros inteligentes, estalajadeiros entusiasmados, camponeses tagarelas, simplesmente conversadores em geral. Apesar de iniciarem como fonte de material para tal espécie de livro, os documentos assumiam, conforme progrediam, caracterí

Corações Perdidos - M.R. James - Dark Alley Traduções

Foi, até onde pude constatar, em setembro do ano de 1811 que uma carruagem surgiu diante da porta da Casa Sede de Aswarby, chamada Aswarby Hall, no coração do condado de Lincolnshire. O único passageiro do veículo era um garotinho que saltou para a rua assim que o movimento cessou. Parecia possuir a maior curiosidade do mundo durante o curto intervalo de tempo entre o toque da campainha e a abertura da porta do edifício. Ele viu uma casa alta, quadrada e de tijolos vermelhos, construída no reinado de Anne. Uma varanda com pilares de pedra foi acrescentada no mais puro estilo clássico de 1790. As janelas da casa eram numerosas, altas e estreitas, com vitrais pequenos emoldurados com grossa madeira branca. Um frontão, perfurado por uma janela redonda, coroava a fachada. Havia alas à direita e à esquerda, ligadas ao bloco central por curiosas galerias envidraçadas apoiadas por colunatas. Essas alas continham claramente os estábulos e escritórios da casa. Sobre cada uma havia uma cúpula o

Os Gatos de Ulthar - H.P. Lovecraft - Dark Alley Traduções

D izem que em Ulthar, que fica além do rio Skai, não se pode matar gatos; e nisso acredito piamente ao olhar aquele que ronrona próximo ao fogo. O gato é enigmático, e muito próximo a coisas estranhas que os homens não podem ver. Ele é a alma do antigo Egito e portador de histórias de cidades esquecidas como Meroe e Ophir. Ele é parente dos reis da selva, e herdeiro dos segredos da sombria e sinistra África. A Esfinge é sua prima e ele fala a língua dela, mas ele é ainda mais antigo e lembra-se daquilo que até ela já esqueceu. Em Ulthar, antes de os oficiais proibirem o abate de gatos, viviam um velho fazendeiro e sua esposa, os quais adoravam prender e matar os gatos de seus vizinhos. Por que eles faziam isso, não sei; além de que muitos odeiam os gritos dos gatos durante a noite e não gostam que os gatos corram sorrateiramente por seus quintais e jardins ao crepúsculo. Mas, seja qual for o motivo, esse casal de velhos tinha prazer em aprisionar e matar todos os gatos que se ap